quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Versos maldizentes

Quero escrever-me visão anacoluto em teus frágeis botões de rosas.
Fazer-me voz latente por entre teu soprar prófugo de arrepio.
Ser-te súbitos encontros e desencontros de juízo.
Parecer-te algoz das ilusões resguardadas pelo não senso que proferiste a partir da minha clarividência.
Quero ser do teu sorriso os mesmos músculos que desenham tua tristeza,
A avareza dos teus motivos cômicos,
Do encanto côncavo reluzente em teus lábios agora embeiçáveis.
Quero deslizar por teu físico desespero eloqüente,
Perpetuando o doce encalço das lembranças curadas,
Que livres regozijam-se nas angústias mordazes de tua consciência cretina.

2 comentários:

  1. Bonito Demais Professor!!!
    Grande Poeta Emilio Galvão!!!
    Por Favor Poste Mais Verso Pra Nossa Satisfação!!!

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  2. ótimo poema professor!!
    já li varios mais gostei mais desse!!
    desculpa a sinceridade
    XD

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